sábado, 3 de dezembro de 2011

Fui tua

Entrei no carro. Nos beijamos entre as curvas da madrugada, na rua do hospital municipal. Sentimos que dosei ao me entregar, e foi mero passado no exato momento em que  sua mão adentrou minha calcinha .
Apesar de tudo - que é tudo agora - vamos ficar longe e dormir em paz. Mesmo que teus braços nessa pequena causem conforto e amor sem fim , ou quando esse conforto chora quando tem que te largar, pra nós não há nada por vir. Nem quando me contenho pra não sair gritando "ele é meu, casado de papel passado mas é meu !"...
Tu sabes, amor de todas elas, diante de tudo eu ainda preferi assim. Te amei em silêncio de voz pra esquecer e aproveitar o que a vida diz: que só as vezes a gente é feliz. Que fui tua pequena quando subi as escadas - do território inimigo - na cama tua e dela, que fui teu amor no corredor e no banheiro, que fui tua vida no restaurante onde todos acham que somos "pra sempre" ou  fazendo drama ao me despedir do corpo e do teu sol, da tua crueldade masculina no feminino luxúria do plural.
Ali depois de gemidos, suspiros e seu gosto em meus lábios...
foi Impar e sem igual.
 

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