sábado, 26 de fevereiro de 2011

I'm Camila, Chica , Nina, Ná etc...


Jovem Mulher com a gloriosa manhã em seu cabelo
, de Jules Joseph Lefebvre
E eu leio todo dia o blog, e quando não tem post novo eu leio de novo, tudo que já foi postado e não fico enjoada de ler , por que sempre acho um detalhe, um "q" que ficou desapercebido outrora, enfim... eu leio.
Cada uma das mulheres aqui tem uma história de amor no peito, e o amor que falo é mais do que aquele lance de homem e mulher, é amor mesmo...aquele de calos nas mãos, de amamentação, de parar o carro pro pedestre passar, amor que só MULHER tem e é!
Quando li a Camila ... e eu quase chorei, falando sobre a sua mãe no Post A TIGRESA, eu vi ali traços doces , fortes, uma coisa tão singular, tão dela e leitores eu , Natália , não a conheço pessoalmente, mas naquele momento parecia que estava diante de uma velha conhecida, como se eu já tivesse tomado cafézinho com a Tigresa e sua cria. E essa conexão, dá-se por conta do sentimento que nos une neste blog,  O AMOR um amor ferrado, fudido, devastador, arrebatador, apaixonante, enorme e imenso que é nosso e que somos. É a paixão ardida e ardente, consumidora que nos faz especiais .
E quando a Chica me vem com aquelas broncas, declarações inflamadas de amor e aqueles chutes nas portas...parecendo aquele vendaval..aquele Twistter ,furacão... isso mesmo furacão! aquele post A SINA DA CHICA... puta que pariu quem nunca desejou fazer do seu romance profissão e vida? quem nunca desejou, na boa nem merece amor, nem merece nada... por que isso sim é sentir em carne viva uma grande paixão.
ANTES, AGORA e DEPOIS...  quem leu?! se não leu, leia... Nina é pra mim , sei lá, o que é pra mim... por que amo demais essa nega... e quando conheci seus textos, eu fiquei muito fã...fã mesmo , no sentido da palavra, fã que acompanha o ídolo...por que é alma em pessoa essa aí...

Ai meninas, vocês me matam! me matam!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Tudo aquilo que você não foi pra mim.

Eu chorei escutando a canção do Paul* 
" Deixe estar, deixer estar..."   será que Paul me avisava?!
Não queria escutar alertas, e sinais de perigo á vista, eu não queria escutar mais nada
além do meu tolo coração,
E quando me pego á lembrar de tudo que passou 
toco a tua imensidão e sinto-me vazia.
Tornou meu amor imenso, num vazio sem fim...
agora
Não te vejo, não te cheiro ,não te toco.
Odeio o que sinto, como te sinto... Se te sinto...
Por que agora é tudo vazio, quando me lembro
de você.
Mas não por que te esqueci e sim por que
sou enorme na tua pequenez
 E quando enfim reconheço isso:
Acordo e agradeço a Deus por tudo aquilo
que você não foi pra mim...
Não sabes o bem que me fez! 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

...Chica se Bruno é tua sina, aqui peço pra que um outro Bruno não vire a minha... rs

Bruno , não me faça amar você.
Bruno, não me faça amar você. Te peço ...
Eu sempre achei que era amor, achei que o Anderson seria o único, talvez ele tenha sido o primeiro, e que o Lyon seria o real, e foi ! enquanto durou, e que o Marcelo seria o ultimo, mas não foi o ultimo e o amor até em breves aparições conseguiu me machucar. Então , peço ...não me faça amar você.
Quando você me abraça, me olha nos olhos, quando a gente ri falando bobagem, quando a gente fala de coisas sérias ...  isso me assusta, me aterroriza ,por que tudo isso me faz amar você.
E quando noto que com você não sou mitomaniaca, nem ego centrista, nem egoísta, e que sou segura do que sou, do que quero, do que penso...quando noto que sou assim com você e pra você, isso me deixa com medo, isso me faz tremer ,  por que tudo isso  também me faz amar você.
Bruno, e o que falar de nossos beijos?! São também mais um motivo pra te amar...te querer.
Na verdade Bruno, eu estou com medo de ser feliz de verdade, por que de mentirinha tudo parecia tão mais fácil, tão perfeito, mas ...nada era real, nós SOMOS REAIS...e tenho medo, muito medo disso,
Não quero que você faça parte da lista de quem achei que amei, ou que realmente amei , não quero usar verbos conjugados no passado quando o assunto for nós , sério mesmo! Pensei até em sumir da sua vista, tudo pra não ter que encarar o fato de que tudo isso me faz amar você .
Bruno, eu tou aqui pedindo pra que você não me faça te amar,
Mas quer saber... tira-me o medo :
Bruno, tudo me faz amar você!
Bruno, não me faça amar você!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

antes, agora, depois...

Amor é fácil. Difícil é amar. Porque amar é coisa de gente e gente é um troço complicado de lidar. O que deveria, então, ser doce, livre e leve, acaba se tornando pesado, desgastado, desgostoso. Muito disso acontece por causa das garantias que são exigidas pelos amantes, como se o amor estivesse pendendo em vitrines e pudesse ser comprado com cheques pré-datados.

- Promete me amar?
- Sim. Eu te amarei feito louca essa noite.
- E depois? 
- Amanhã quando você acordar eu não estarei mais aqui.
- Por quê?
- Porque amanhã é futuro.
- Mas o que tem isso? Você acaba de prometer me amar...
- Sim, eu prometi. Minha promessa está conjugada no passado, notou? Eu prometi num presente transbordado de desejo. Eu te desejei quando prometi. Eu te desejo exatamente agora - desejo feito louca. E quero que você me foda, que faça amor comigo agora, pelo tempo que durar. Porque não posso te prometer amor amanhã. Amanhã ainda não chegou e não posso fazer promessas ou previsões. Então eu te quero agora. Quero que você me ame loucamente agora também, como se amanhã não fosse chegar nunca...
- Você é louca... Toda mulher quer uma garantia de compromisso...
- Sim, eu sou louca. Mas não quero o que toda mulher quer. Não quero garantias. Quero exatamente o que você quer me dar agora - porque seus olhos estão acesos, sua boca me mostra os dentes e você me deseja de um jeito que me excita. Então, cale a boca e me beije logo... Porque enquanto falamos o presente vai passando ligeiro por nós, e começamos a viver o que era o futuro há alguns instantes... Corra, meu bem... Não quero que chegue logo amanhã...

[eu postei isso no meu outro blog, mas achei que deveria colocar aqui também...]

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Lavando o coração III

3- SUPRESA?

Pois é, eu já devia ter esperado isso: Não consigo ir dormir sem terminar de escrever o que comecei! Por isso que prefiro nem começar, às vezes bate uma baita preguiça... Porque se eu começo, danou-se, eu não paro, não dá pra fugir, deixar para a hora do almoço ou o final de semana. Escrever é um eterno agora ou nunca, impossível fugir desse moinho.

Eu já cheguei a mencionar este tema várias vezes pra você, principalmente depois que lhe dei os presentinhos (o de usar, o de escrever e o de comer, este último você até esqueceu). Você pode me acusar de dar presentes incomuns, mas nunca de não ser criativa! E o barato de presentear alguém (que trabalha também) é esse mesmo, é dar alguma coisa completamente inesperada, ou algo que a pessoa deseja e precisa, mas não compra por algum motivo. E eu faço isso, faço e você sabe, só que prefere dizer que não gostou, deixar jogado em algum canto depois de tirar da embalagem ou até esquecer no carro no caminho para o aeroporto. Você não faz idéia de como isso me magoa, não faz mesmo. Não passa pela sua cabeça que quando alguém perde meia hora fazendo uma embalagem criativa e exclusiva para um presente é porque esta pessoa quer ter agradar, quer merecer um sorriso sincero de reconhecimento por seu esforço? Nada te agrada o suficiente, porque minhas idéias são originais demais pra você. Preferia que eu te desse uma roupa, um perfume, sei lá, coisas desse tipo, que as namoradinhas sempre dão. Isso me deixa entediada, eu não sei ser previsível sendo eu ao mesmo tempo.

Você queria me dar um presente também. Primeiro, porque era meu aniversário, depois porque eu lhe presenteei “por nada”. Não gosto de presentes por obrigação, essa coisa de ter que presentear apenas porque existe uma data comemorativa que foi inventada está totalmente fora do que julgo ser necessário ou importante. Na dúvida, não trouxe nada, simplesmente porque eu não pedi. E enquanto esteve aqui, quis me dar um presente, mas sua idéia de presente significa me acompanhar enquanto eu rodo atrás de algo que quero comprar e dizer “eu pago” na hora que eu for tirar a carteira da bolsa. E ainda tem a cara de pau de dizer que quer me dar de presente! Nããããããão, isso não é dar presente, isso é uma forma de sustentar, entende? De bancar! Eu não permiti que pagasse os presentes que me dei, porque eles foram planejados por mim, eu os desejei, então devo pagar por eles (e posso pagar por eles, pude, inclusive). Quase duas semanas se passaram e seu discurso de “queria te dar um presente” foi ficando chato, porque eu sempre te pedia algo original, uma surpresa, mas você ficava em casa dormindo, lendo, jogando no PC, curtindo as férias enquanto eu trabalhava, enquanto eu trabalhava ansiosa por uma surpresa, qualquer uma, até mesmo uma carta, uma flor roubada de algum jardim, mas nada chegou, absolutamente NADA. E o pior de tudo foi quando ainda pediu, após eu comprar aquela blusa com a palavra “Chica” na estampa (que você encontrou na loja) que eu dissesse pra minha mãe que foi um presente seu. Pra que isso? Pra que se amostrar como se tivesse me dado um presente que na verdade eu paguei? Se você não tivesse grana pra pagar, se tivesse sem condições, até seria um caso a se pensar, mas não. E mesmo se não tivesse grana, afinal, você não é obrigado a me dar nada. Olha, me desculpe, mas achei aquela atitude péssima, horrível mesmo... Não foi nada honrosa, foi indigna!

Apesar de todos os defeitos que possui, eu fui criada por um pai que passava noites planejando surpresas para o caça ao tesouro na Páscoa, para a passagem do Papai Noel no Natal, para o dia das mães... Um pai que levava eu e minha mãe pra jantarmos fora no Dia dos Namorados (quando eu era nova demais para ter o meu próprio), um pai que ia até o fim do mundo onde a filha estava numa viagem escolar e espalhava cartazes por todo o hotel para que quando ela acordasse, notasse que seus pais não esqueceram de seu aniversário, um pai que levava presentes para os cachorros quando estes faziam aniversário, enfim, eu fui criada com toda a liberdade para imaginar, para me preparar para emoções fortes, porque as surpresas sempre fizeram parte da minha vida. Mas eu fico pensando que daqui a alguns anos eu sairei de casa e que se me “juntar” a alguém e esse alguém tiver uma criatividade adormecida, isso simplesmente vai destruir toda uma tradição de encantos que sempre tive ao meu redor. E eu não quero isso, porque eu herdei essa vontade de criar, de arrancar sorrisos de surpresa, eu realmente gosto disso, mas não encontro essa vontade em você e pior, eu não encontro em você nem a vontade de surpreender, nem a vontade de ser surpreendido. Não me imagino num mundo onde a imaginação é desvalorizada.

Depois de muito pedir, acabei dando uma resposta a sua pergunta e disse que queria um anel de compromisso. Pois é, fui direta: “Quer me dar um presente? Quero um anel!” E o informei que o número para o anel seria o 13, porque quero anel no dedo que representa o noivado. Forcei a barra? Não, eu tava te testando, porque neste momento eu já sabia que casar estava fora de cogitação ainda que num futuro bem distante. Eu te testei e você caiu, porque até agora não vejo o anel nenhum por aqui. Você não o comprou por ter medo de representar mesmo um compromisso e/ou porque não sabe sequer escolher um anel sozinho, sem que eu vá escolher primeiro! Céus, vê como isso está ficando?!

Eu não estou escrevendo isso para terminar nada, pelo contrário, é uma tentativa louca de nos ajudar... Eu odeio comparações, mas tem vezes que é inevitável: O primeiro homem que amei de verdade se chama Felipe e o nosso namoro era perfeito, absolutamente, mas acabou por isso, porque era uma perfeição que de tão bem construída, não evoluía, não amadurecia, a nossa perfeição ele deixou ficar estagnada para que não a perdêssemos nunca, mas a perfeição é mutável! O perfeito hoje pode ser o oposto no mês seguinte, não dá pra seguir sempre o mesmo padrão, senão não há amor que resista, desgasta, vai morrendo, sendo levado aos poucos, ou seja, da pior forma que um amor pode acabar. Eu comecei a ver o início deste filme outra vez, mas eu já o assisti e não estou disposta a repetir a dose, eu já aprendi, não quero ver um amor fracassar outra vez por uma bobagem tão facilmente contornável quanto o tédio!

Me ajuda, eu preciso que me ajude, porque o amor existe e enquanto ele existir, tudo é possível e permitido, querido. Eu adoro ouvir ou ler o seu “eu te amo”, mas não vamos usar essa frase tão doce e mágica para preencher o silêncio cada vez maior que está crescendo entre nós. Pode parecer contraditório dizer isso, mas o amor exige muita racionalidade também, não é 100% instinto. Se você pensava que me deixar louca de amores por você era o fim da estrada, enganou-se, porque nunca acaba, a conquista não pode tirar férias ou dar um tempo, exige o esforço de ambas as partes sempre, pra sempre. E eu estou aqui tentando fazer a minha, está vendo? Estou batalhando por esse amor, mas eu preciso de você! Se quiser mesmo continuar dando atenção a isso que sente e ao que já sabe que sinto, você precisa nos ajudar também...

Eu te amo, mas isso não garante que vá ser eterno. Depende um pouco de mim, mas agora bem mais de você.



Chica Blanco.

Lavando o coração II

2- O FUTURO

Eu sou ligada em planos, você soube disso desde o primeiro dia em que ouviu a minha voz e me beijou. Gosto de fazer listas e tudo o mais, gosto de ilusões que pretendo que virem fatos, gosto de todos os sonhos que prefiro chamar de planos, tudo isso me agrada demais. E você parecia aceitar isso e até mesmo, curtir. Mas eu me enganei (tudo bem, não é nem a 37ª vez). Eu lhe contei meus planos de filhos, lhe falei do Benjamin, da Melanie e da Cereja, da casa de madeira na beira de uma praia calma, da vontade de ser pescadora e escritora, da vida tranqüila longe da muvuca para as crianças crescerem livres, da falta de vontade de me casar na igreja e no cartório, da vontade de fazer Letras, Psicologia, quem sabe também Filosofia, Nutrição, Teatro, tudo! Expliquei que não quero parar de estudar nunca, apesar de só querer ser pescadora e escritora para obter sustento, enfim, lhe contei detalhes que se desdobravam a medida em que o via interessado e me sentia livre para falar tudo, tanto, como se pudesse pronunciar toda uma vida que ainda está por vir numa simples conversa, porque eu achava que você estava ouvindo, lendo, mas gostando. E não. Acho que você sempre achou isso um absurdo, mas nunca (até pouco tempo atrás) teve coragem de assumir.

Eu iria para o Rio Grande do Sul por você. Me mudaria para a puta que o pariu do país, apesar de não gostar nem de frio, nem de churrasco e muito menos de chimarrão. Eu terminaria o curso de Arquivologia e, formada, faria meu já amado curso de Letras aí, numa universidade também pública, bem pertinho de você. E trabalharia, teria meu cantinho sem que precisasse ser obrigado a morar junto, perder a liberdade porque a louca da tua namorada cismou de te seguir pelo país. Mesmo sabendo que o curso de Letras focado no meu objetivo só tem no Rio de Janeiro, eu abriria mão disso. Mas não, pois você achou que seria inútil, afinal, em 2013 poderá ser transferido para o Rio, ou seja, eu só moraria perto de você por 1 ano, depois os dois teriam que voltar para o Rio mesmo... Mas você esqueceu que o meu mundo também gira em torno da escrita, você nem parou pra pensar que estudar em um outro lugar poderia ser uma boa experiência pra mim (tanto acadêmica, quanto de vida). Não, eu tive que pensar nisso tudo sozinha, depois que você me desligou sem permissão do seu futuro (nos próximos 2 anos só, sei bem...).

E depois, num ataque de surto típico de quem gosta, ama sofrer, acabei repetindo o mesmo erro e levando na cara, só pra deixar de ser besta. Foi um tapa verbal, um tapa com vogais, consoantes, vírgulas e tudo o que tivesse direito. Em um delírio que me pegou desprevenida, acabei querendo saber se após os 2 anos que teria que esperá-lo, quando chegasse o Rio para morar, poderia (olha que tolinha que fui) acabar pensando quem sabe na micro hipótese de morar comigo, de morarmos juntos. Não. Você negou. Assim: “Não”. Onde eu estava com a cabeça, hein? Oh sim, estava com a cabeça naquele momento em que você tentava me convencer que casamentos são legais e que teríamos que casar sim no cartório e na igreja, pois devia isso aos seus pais. Mesmo eu não acreditando em todas aquelas juras absurdas que teria de fazer diante de um juiz e de um padre, mesmo sabendo que teria vontade de rir e gritar que aquele tipo de coisa era uma farsa, mesmo indo contra meus ideais. Eu me deixei levar, mais ainda: Eu comprei sua idéia e tomei um verdadeiro gosto por ela! Até que você foi parando de falar sobre isso e foi me deixando sozinha, com todos os planos que me obrigou a parir... Até que percebi que quem não crê nisso agora é você, então eu voltei ao meu ceticismo, só que não quero mais voltar. Chega dessa ilusão ridícula, pelo menos com você.


Continua... Estou cansada para escrever hoje, continuarei amanhã, mas adianto que o terceiro tema será tratado pelo título "SURPRESA ?".

Chica Blanco.

Lavando o coração

Eu não sei me calar diante de uma ameaça, não sei me afastar e voltar se o caminho a percorrer é na beira de um precipício, por isso mesmo eu não pretendo deixar de lado isso que me aflige, em consideração a nós dois, ao nosso romance, que escrevo estas palavras que brotam das minhas mãos depois de já estarem mais do que maduras em meus pensamentos. Sim, eu pensei, repensei, lembrei, raciocinei e fiz fermentar todas possíveis e incabíveis opções, mas acho que esta é a melhor saída, não se deixar abater pelo trabalho é a solução mais sábia que devemos tomar, sempre.

Estamos estranhos ou será que sou só eu? Você não tem notado isso, essa falta de ânimo que tenho deixado florescer por meio de minhas palavras (escritas e pronunciadas)? Ela é real, você não pode ignorar isso por medo de me perder, mas estou vem que tem fugido da realidade, o que é perfeitamente natural (instinto), mas não é o correto, não se queremos que o nosso romance continue sendo real. Eu sou boa na parte da direção, mas não sirvo para atuar, meu amor, eu não posso deixar o amor virar peça teatral, então eu tenho que expor o que já está mega exposto, mas que nenhum de nós abriu a boca para assumir.

Eu estou decepcionada, bastante. E os três motivos devem ser esclarecidos com exatidão, para que não pense que são uma desculpa ou simples reclamações. Eu até darei títulos para discuti-los, sim? Está preparado? Quer continuar lendo? Vamos lá, você consegue!

1- ACEITAÇÃO

Escolhi esse tema para ser a primeira questão a ser mencionada porque nada pode funcionar sem esse simples gesto. E você não me aceita. Não adianta me chamar de linda, dizer que sou gostosa, me entupir de mimos e elogios quando estou arrumadinha ou sem muitas vestimentas, se quando estamos conversando francamente, em um papo casual, você sempre acaba abrindo a boca para citar uma lista de incontáveis reclamações a respeito do que visto, do que faço, enfim, de coisas que são ou representam minha essência, meu jeito de ser:

*Você não gosta de minhas tatuagens e nem gosta de ouvir quando falo que farei muitas outras, sempre acha que vai me convencer do contrário (mas sempre fala do São Jorge que quer tatuar nas costas, pois “São Jorge pode”, afinal, é santo...);

*Você não gosta dos meus piercings e alargadores, coisas que tanto curto e há tanto tempo, então fica dizendo, meio que para convencer e consolar a si mesmo, que quando ficar mais velha eu vou enjoar, que é só uma fase... Pois então, o meu primeiro piercing tem 8 anos. Isso é muito para uma moça de 21, não? E ele ainda continuará aqui até... Eu não sei até quando, mas posso resumir em uma frase: ATÉ QUANDO EU QUISER!;

*Você não gosta muito de como me visto. Por você, eu me vestiria como a Milla, ou a Rafha, ou outra ex sua. Eu amo a Rafha, sério, mas eu não sou ela, nem nenhuma outra, eu sou só eu! Eu não gosto de usar salto agulha e nem usaria se gostasse, porque eu moro na Baixada Fluminense, trabalho na Zona Norte e estudo na Zona Sul, logo, não existe lugar nem ocasião pra eu andar feito uma bonequinha. E eu gosto das minhas roupas, mesmo. Você me disse que achou meio feia a roupa que eu estava quando nos conhecemos, mas aí eu te pergunto: E isso te impediu de ficar correndo atrás de mim a festa inteira? Não, né? E quer saber mais? Eu adoro aquela saia e aquela blusa, mesmo!;

*Você não gosta quando uso maquiagem. Ta, só PRA VOCÊ a minha maquiagem me deixa estranha, porque ela é praticamente minha marca registrada. Eu me maquio pelo mesmo motivo que os guerreiros se pintavam, para me dar mais poder. Eu me sinto mais segura quando solto minha imaginação e deixo que o pincel dance por minha pele e dê vida própria ao meu rosto. A maquiagem fala por si só, ela é minha legenda, entende? Não, eu sei que não;

*Você tem medo de me apresentar para a sua família, principalmente aos seus pais. Sua mãe é toda super mega Power protetora e seu pai é bem tradicional, era militar também, ta bom, mas e aí? O que a SUA VIDA e a SUA ESCOLHA podem ter a ver com isso? Até quando vai me esconder deles ou tentar que eu esconda meus piercings e tatuagens da sua família? Uma hora ou outra a máscara que você pôs em mim (contra a minha vontade) irá cair e eu não quero me responsabilizar pelas conseqüências. Só existem pais e mães preconceituosos com isso porque os filhos, que deveriam dar um banho de pensamentos livres de preconceitos, acabam tendo medo de enfrentá-los e acabam até fazendo tempestade num copo d’água por conta de algo muitas vezes banal;

*Você não gosta quando eu bebo cerveja em público, normalmente. Você pode tomar um puta porre de vomitar, esquecer como chegou em casa e tudo o mais, só que eu não posso estar ao seu lado numa tarde quente e comprar (com meu dinheiro, vamos deixar isso claro), uma cervejinha gelada para refrescar. Por quê? Por que só deve se beber em shoppings ou “lugares apropriados”? Duvido que você tenha essa etiqueta toda quando está alucinadamente doidão com os seus amigos, mas eu tenho que posar de Barbie e não beber num ponto de ônibus, porque é FEIO?! Nem meus pais nunca viram problema nisso, meus porres mais monumentais foram em festas de família ou com parentes presentes, sabe por quê? Porque eu não sou idiota de tomar um porre num lugar estranho, sem conhecidos por perto. Muitos homens e mulheres fazem isso, completa burrice... Prefiro mil vezes beber em um lugar “óbvio” e voltando pra casa, porque prezo demais minha segurança para deixá-la em segundo plano em prol do que é mais “bem visto”.

Pausa porque senão o espaço acaba. Melhor dividir as três questões em 3 postagens ou 2, talvez.


Chica Blanco.

A carta dos 4 meses

Se os anos passarem voando como os meses, vou ter que apertar o “pause” pra não perder muito da moleza da vida, porque a rotina pode ter um encanto que poucos sabem apreciar, já que na verdade, nem na rotina há espaço para o tédio, logo, não existe mesmice no dia-a-dia de ninguém. Tudo é inédito no filme da vida. Existe um motivo, ou melhor, um segredo que poucos casais conhecem e que os fazem ficarem juntos por muito, muito tempo (talvez por todo o tempo que exista). E a graça do namoro consiste na intensa procura por essa fórmula, pra depois descobrirmos que não há nada específico, que é “só” o Amor mesmo...

Eu sou loucamente ciumenta, eu sei... Uma mulher que tem ciúmes até da Katy Perry não pode ser considerada muito segura, né? (Risos) Desculpa, mas eu sou meio assim, sei lá, neurótica mesmo. E não fique decepcionado quando assumo que me sinto insegura, você sempre cobra que eu seja firme, que não tenha nunca nenhuma incerteza, mas não se trata de imaturidade, meu amor, não... É minha essência, parte dela. A minha insegurança eu vim adquirindo aos poucos, justamente conforme amadurecia, sabe por que? Porque não há segurança na vida, quem é seguro nesta vida, com certeza acaba ficando quadrado, apegado a idéias e padrões. Nada é certo, tudo pode começar, parar ou terminar a qualquer instante. Mas, o meu ciúme não é de futuro, de medo de ser trocada, é coisa do momento, de querer atenção. Se você tiver que me deixar, nada do que eu fizer impedirá sua decisão, então eu vou aproveitar enquanto sou amada, tendo em mente a possibilidade de tudo isso acabar se tornando eterno. Belamente eterno...

Era uma vez um carro, um quarto, um banheiro, uma escada, um muro, uma trilha, um cinema, uma barraca, uma pedra, sempre uma vez que é mais de uma vez. Era sempre, sempre vez, ainda é a nossa vez. São beijos, são mordidinhas no pescoço, puxões, força, leveza, jeito, sussurros, apelos, carinhos, carícias, colo, são os movimentos, é tudo, somos nós dois. Juntos. Não sei se faz pouco ou muito tempo que te fiz perceber a diferença entre o que viveu antes e o que vive agora. Não vamos menosprezar o passado, claro, mas existe uma grande diferença e precisamos ser realistas e francos. A diferença está em nossos gestos, tão pares, mesmo quando ainda eram desconhecidos. Gostos gêmeos de estranhos que não sabiam ao certo o quanto se queriam. Pois é, você me disse para tomar cuidado, me avisou que seria um erro eu me apaixonar, mas como dizer isso, se eu estava tranqüila e bêbada sendo garçonete naquela festa, aí você veio, invadiu meu espaço e me roubou de mim?

Feliz 4 meses para nós dois!

Obs.: Decidi que não quero me casar nesta vida, o desejou passou =)


Chica Blanco.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A Carta

Amorzinho
Os meus dias serão muito mais alegres e coloridos se você ficar sempre ao meu lado. Talvez como meu namorado, quem sabe meu marido, ou na pior das hipóteses, apenas como meu amante. Meu coração iria bater mais forte, eu seria mais feliz, e a tristeza estaria longe de mim.
Quando chega a noite, hora de dormir, recosto a cabeça no travesseiro  aquele que simulo ser você (mais fofo e com cheiro de erva doce) e meu pensamento me transporta para um mundo maravilhoso. Penso que estou em seus braços, encolhida e olhando pra cima, pra esses teus olhos lindos, apaixonada e realizada.
Sinto a força e o calor daquele que é o homem da minha vida. Não se espante com esta confissão. É mesmo uma ousada declaração de amor. Não quero que isso te perturbe e tire a sua paz. Ao contrário, gostaria de estar sempre ao seu lado para te amar e te dar muito carinho. Quero toda a tranquilidade para você. É meu único desejo.
Saiba que eu te quero demais, desejo ardorosamente sua companhia. Quero te dar todo o meu amor. Cobrir-te de beijos e saciar todos os seus desejos. Isso é tudo que tive a coragem de sonhar, na esperança de um dia ver esta minha pretensão realizada.

Beijinhos da sua Amorzinha.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um dia, e uma carta ...

Filha,
Eu realmente não sei o que fazer pra botar sua cabeça no lugar,
você é tão impulsiva, tão sangue nas veias, tão...tão... Meu Pai amado!
como você me dá trabalho.
Por que é tão teimosa? me diga filha, por que?
por que não escuta essa tua mãe que tem mais experiência na vida,
que entende mais das coisas que você, sei que você é inteligente, mas
ainda precisa aprender tanta coisa.
Eu lembro com certa saudade  do tempo que era só eu olhar pra você
que você entendia que o bicho ia pegar e ficava bem quietinha na tua, eu lembro
com muita saudade mesmo do tempo que eu dizia- não faça! e você realmente não fazia
por que confiava em mim, ou me temia, ou sei lá o que...
Agora você me vem com esse lance de mudar a faculdade, de mudar de casa,
de comprar uma moto
de fazer uma porra de uma tatuagem!
filha , você só tem 19 anos ! que sede é essa de cair no mundão?
Tá achando que o mundo é como aqui em casa? aqui em casa a gente se quebra  e
você corre pro seu quarto...lá fora você se quebra e não tem pra onde correr ,
por que o mundo é assim " cada um por si, e Deus pra quem tem fé"
Tenho culpa, eu assumo, por que te criei pra isso mesmo, pra ter profissão com 17,
ganhar grana com 18, ser dona de si aos 19, e é isso mesmo...
aconteceu como eu queria, mas não sabia que te perderia com isso, se eu soubesse,
 talvez teria botado na tua cabeça todo tipo de inseguraça que te impedisse de voar,
 e isso não é egoísmo , é medo minha filha, é medo, de você voar alto demais pro
 tamanhico dessas suas asas, ou voar demais á chegar um ponto em que eu te perca das minhas vistas.
Filha te odeio por isso, mas te amo demais por tudo , e aí o ódio vira um amor que mata, que destrói e
só quem é mãe odeia amando, te escrevo apenas pra pedir, que não saia de casa, por que ...
não sei...
te amo!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Sina de Chica

Oi, eu sumi, não foi? Foi. Leitor não sabe dizer se um escritor some ou não porque ninguém nunca sabe ao certo a idade de um livro, afinal, alguns demoram anos para serem paridos, mas no caso de contos e etc., bom, fica mais fácil ver quando o autor/escritor some, porém, ainda não é prático, então eu digo para facilitar: “SUMI”. Sumi porque não sei ficar visível, presente para os tantos seres humanos do mundo quando estou afundada em amor até a ponta dos cabelos, eu simplesmente não sei fazer isso, a felicidade me inibe, a tristeza me inibe, tudo me inibe, mas só se estou em transe de amor, feito nesses últimos dias, em que marco hora e ligo o despertador para avisar toda vez que tenho que respirar.

Há nove dias eu só respiro Bruno Souza, só sonho Bruno Souza, transpiro Bruno Souza e só existe pra mim o tal Bruno Souza. Nenhum momento do dia é totalmente relacionado a algo que não se trate dele. Durante o trabalho, contando coisas engraçadas sobre nós, no horário do almoço, passando as mensagens dele a limpo, nas mensagens trocadas, nas ligações, ao programar encontros, ao planejar agrados, tudo gira em torno dele, o Planeta Chica está num órbita completamente paralela a qualquer outra que já esteve, Via Láctea já era, tudo já se foi, eu não tenho foco para não além do amor quando estou amando.

Acho que amor deveria ser profissão, acho que deviam criar uma graduação para o amor, porque eu vou ter que buscar na Literatura e na Psicologia uma ajudinha, quem sabe não fico mais craque, não? Eu queria trabalhar com amor, assim, oficialmente. Acordar de manhã pra amar, almoçar no intervalo do amor, voltar para o amor depois de escovar os dentes, fazer hora extra de amor pra ganhar mais dinheiro e gastar com amor, tirar férias do amor e ficar entediada, querendo voltar a amar logo, chegar tarde em casa depois de amar o dia inteiro, eu queria ganhar décimo terceiro no amor, queria ser amorosamente assalariada, amar com carteira assinada, não faltar no amor e nem precisar de falso atestado, queria ser amadora, no sentido amoroso da coisa.

Compreendo que sou uma mulher inteligente e capaz, como muitas que existem por aí, mas não sei como as pessoas falam, comem, dormem, vão ao cinema e respiram num mundo com tanto amor... Eu não sei acordar de manhã e pensar que vou trabalhar e que estou cansada quando estou amando, não consigo me preocupar com uma prova nem com um trabalho, porque o que é uma nota diante do amor? Eu sou exatamente o contrário do que as mamães das moças querem que elas sejam.

Lembrei do trecho da música “O Xote das Meninas”, do Luíz Gonzaga: “De manhã cedo já está pintada/Só vive suspirando/Sonhando acordada/O pai leva ao doutor/A filha adoentada/Não come, num estuda/Num dorme, num quer nada.../Porque ela só quer/Só pensa em namorar...”. Eu sempre fui assim, desde quando me apaixonei pela primeira vez, sempre assim. Minha mãe diz que até a oitava série era era estudiosa, depois virei aluna 7, de passar na média, mas nunca associou isso ao caso de paixão, gripe do amor, nunca pensou nessa possibilidade. Ora, mas que doença grave essa que me atingiu no meio da adolescência! Agora já era, não tem cura não... Passei no vestibular, arrumei empregos, fiz cursos, provas e trabalhos, mas não tem jeito não, agora só sei ser aluna 7, porque nada é interessante de verdade, nada me interessa realmente, nada além do amor.

A presidenta pode sair de biquine no Carnaval, o papa pode entrar para o Candomblé, meu pai pode parar de olhar todas as mulheres na rua, minha mãe pode enjoar de arrumar a casa, meu irmão pode começar a achar chato ver pornografia na internet, minha gata Maria Clara pode passar a detestar carne moída, minha amiga Thaisinha pode passar a amar presunto, mas de forma alguma eu vejo a mínima probabilidade de algo no mundo despertar mais de 15% do meu interesse se não se trata de amor, se não tem a ver com o ser amado. Eu só existo pra amar, é minha sina.


Chica Blanco escreveu para Bruno Souza e quem mais quiser ler.