domingo, 26 de fevereiro de 2012

Do nosso começo e fim e do fim do nosso começo...

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Sentidos

Quero que me tenha

Com os cinco sentidos :

Mãos roçando pele e pelos,

Dedos tateando vales e relevos,

Boca sentindo o gosto de outra boca

De corpo, de sucos inimaginados.

Cheiros doces, acres,

De amor, de paixão.

De suor, de sal, de sol.

Quero que me tenha

Com os cinco sentidos:

E me veja toda nua,

Transparente e bela

Como um cálice

Em que me sorverá

Estou certa de que então

No corpo purificado

Pelo fogo da paixão

Descobrirá o sexto sentido:

O sentido maior do que é amar

...A TUA FALTA SÓ FAZ FALTA QUANDO SÓ O QUE FALTA É VOCÊ

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Sexo santo

Sonhei que a casa estava escura, ali só eu e você. Sentados no sofá a conversar sobre o passado que nos comove, os personagens que tanto admiramos, falando e falando como sempre acontecia. Na mesa alguns doces e a música que colocava para embalar. Música agitada, de forte batida, que falava de se apaixonar, foi quando você a cantou que olhei em seus olhos e tudo mudou.
Foi a ignição de uma estrela, o explodir de uma bomba, não sei explicar. Apenas sei que de repente sentei em seu colo, toquei sua boca com a minha e tudo que queria era sentir seu gosto. Os beijos escorriam por sue rosto, o sabor da pele era intenso, o calor crescia, imenso. Queria mais, tudo aquilo que não tinha há tempos queria conter em segundos, atirar-me sobre você e sorver cada sensação.
Os beijos eram acompanhados pelo toque, toque que despia, sentia e provocava. Toque gentil e forte, rude e suave, que explorava todo o corpo seu. Você agora me pertencia, entregue a tal agonia, que sequer compreendia o que sussurrava. Apenas continuava com sofreguidão em minha exploração daquele corpo que tanto desejara.
E tal era a energia que emanava de você, que precisei me despir, para poder suportar sem perecer. E agora eram nossas peles que se tocavam deslizando uma na outra, roçando, molhando e sendo molhada. E rolamos ali no chão, sem limites ou inibição, às vezes eu sobre você, outras você sobre mim. E era um misturar de perfumes, sabores e tocar, que já não existia mais tempo nem lugar.
E quando você apoderou-se totalmente de mim. Entrando devagar, como que querendo perceber no olhar o que provocava. Entreguei o pouco que me restava de sanidade e razão e fiquei totalmente entregue às urgências do tesão.
E os movimentos eram intensos, a exploração sem sentido, apenas um no lugar de dois. E quando tudo parecia terminado, imaginei você esgotado, você me toma de novo, transporta e invade e deixa aquele gosto inexplicável de novo e de novo.
Eu acordo molhada, banhada em suor e lágrimas. Suor de tudo que senti, lágrimas por você não estar ali. Mas você sabe como sou, mesmo depois do despertar, mesmo na realidade da ausência, ainda tinha um sorriso nos lábios, o gosto na boca e a certeza que tudo aquilo aconteceria de novo.
E não existira culpa, não existira nada...apenas saudades, apenas vontade, apenas...sexo santo de nós dois.


Felinos


Livre amor , livre conquista ...
Eu tigressa tão arisca,
Encontrei-te em meu caminho,
Não lutei nem resisti,
Me entreguei todinha à ti ...
Tuas garras me prenderam,
Tão feroz, tão faminto,
Num desarvorado anseio,
Mordendo e sugando-me o seio ...
E, sem querer,quase sem intenção...
Em densas ondas de coragem !
O calor do teu corpo,
O ardor dos teus beijos,
No capinzal, no tapete ...
No sofá, na cama, na rede ...
Em constante movimento,
AH ! MEU TIGRE ! ME DOMASTE !
Teu olhar me eletrizando,
Teu querer me deslumbrando,
Como um gigante poderoso,
Me explodias em gozo ...
Tornei-me a tigressa ,
Meu Tigre  !
Hoje, desejo e saudade me consomem ...
Mas eu sei : Encontrar-te-ei
brevemente, em um momento qualquer,
e serei tua novamente,
sem nem vacilar sequer !

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Amélia

" Amélia não tinha a maior vaidade, Amélia que era mulher de verdade..." (Mario Lago)

Ah sim, claro, claro...passar uma camisa é um ato de amor. Gola, manga, bolso, frente, trás, olha a dobra...
Aí a senhora distinta lava a camisa, perfuma, passa muito direitinho pra deixar o homem amado muito apresentável... E ele usa a camisa pra impressionar a amante...
Amélia que era...ahã, sei...senta lá Cláudia!
- Hora de cair na Real queridinha...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Para nunca mais

Venha me entorpecer,
Enuviar-me os pensamentos
Cantar-me suave
As notas líricas do desejo.
Tocarei teu corpo com o meu,
Me perderei em teus cabelos macio
Em seus olhos turvos de mistérios...
E me entregarei
Suas mãos grandes
Simplesmente me dominarão
Como hábil caçador
Teu corpo suave confundir-se-á com o meu
Teu cheiro me acalmará.
Serei tua com toda alegria
Libertando-me das amarras do medo
Para te fazer feliz...
Para sentir contigo, os prazeres proibidos
O deleite sensual da carne
E o frescor de uma noite augusta
Que será um dia
Para nunca mais voltar.
Que seja quente...e gostoso enquanto durar.

Faça

...Faça , rápido...venha e faça!
Tire suas roupas, elas parecem fogo. Fogo que envolve e esconde. Tire-as. Deixe sua nudez prevalecer. Só ela tem lugar nesse espaço quente, ardente, incandescente. Tire, sem vergonha, sem medo. A lua banha seu corpo, está aqui, está em nossa cama dispersando energia, acolhendo o sonho.
Venha, deixe tudo de lado. Faça amor comigo, faça guerra comigo. Me envolva, role nessa maciez. Sinta tudo que tenho e me deixe sentir você. Seu corpo cresce, como a lua lá fora. Vamos, fale comigo, faça sacanagem comigo.
Liberte-se!

Vamos nos misturar por toda noite. Como o rio se mistura com o mar quando se encontram. Vamos, faça forte , fode comigo. Não descanse, não pare, não há tempo para pensar é só sentir. A morte se aproxima. Essa é nossa última noite. Venha, faça isso comigo.
Não se limite, não se proíba nada. Enrosque-se em mim como serpente. Envolva todo meu ser. Venha faça com força. Me possua e destrua. Fale comigo. Palavras nuas, cruas, doces e maduras. Fale comigo sem limites. Entregue sua alma e corpo.  Me leve para outro lugar. Não estamos mais aqui. Nada existe mais, tempo, espaço... nada.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Cetim

Deusa da aurora
Qual estrela patética
Reflete em espelho
Insaciável
Abrasa o peito ...

Apelo ardente devora
Percorre veias cálidas
Queima lábios sedentos
Desnuda silhueta
Revela belas curvas
Delirantes ...
Desvenda envolvente
Transparência
Com esvoaçante tecido
Quase inexistente
Cobrindo corpo solto
Abandonado ao êxtase
Veste, despe e reveste,
Túrgida carne
Que a pele alva e sedosa
Encobre
Trêmula...
Faminta...
Mulher feita ... Perfeita !
Banhada em desejos
Entre risos
Silenciosa gargalhada
Sem som
Palavras sem voz
Em garganta
O mudo grito
Sussurra perdido
Na noite
Sem você...
Só eu, com meu delírio.