domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um dia, e uma carta ...

Filha,
Eu realmente não sei o que fazer pra botar sua cabeça no lugar,
você é tão impulsiva, tão sangue nas veias, tão...tão... Meu Pai amado!
como você me dá trabalho.
Por que é tão teimosa? me diga filha, por que?
por que não escuta essa tua mãe que tem mais experiência na vida,
que entende mais das coisas que você, sei que você é inteligente, mas
ainda precisa aprender tanta coisa.
Eu lembro com certa saudade  do tempo que era só eu olhar pra você
que você entendia que o bicho ia pegar e ficava bem quietinha na tua, eu lembro
com muita saudade mesmo do tempo que eu dizia- não faça! e você realmente não fazia
por que confiava em mim, ou me temia, ou sei lá o que...
Agora você me vem com esse lance de mudar a faculdade, de mudar de casa,
de comprar uma moto
de fazer uma porra de uma tatuagem!
filha , você só tem 19 anos ! que sede é essa de cair no mundão?
Tá achando que o mundo é como aqui em casa? aqui em casa a gente se quebra  e
você corre pro seu quarto...lá fora você se quebra e não tem pra onde correr ,
por que o mundo é assim " cada um por si, e Deus pra quem tem fé"
Tenho culpa, eu assumo, por que te criei pra isso mesmo, pra ter profissão com 17,
ganhar grana com 18, ser dona de si aos 19, e é isso mesmo...
aconteceu como eu queria, mas não sabia que te perderia com isso, se eu soubesse,
 talvez teria botado na tua cabeça todo tipo de inseguraça que te impedisse de voar,
 e isso não é egoísmo , é medo minha filha, é medo, de você voar alto demais pro
 tamanhico dessas suas asas, ou voar demais á chegar um ponto em que eu te perca das minhas vistas.
Filha te odeio por isso, mas te amo demais por tudo , e aí o ódio vira um amor que mata, que destrói e
só quem é mãe odeia amando, te escrevo apenas pra pedir, que não saia de casa, por que ...
não sei...
te amo!

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