domingo, 20 de fevereiro de 2011

A carta dos 4 meses

Se os anos passarem voando como os meses, vou ter que apertar o “pause” pra não perder muito da moleza da vida, porque a rotina pode ter um encanto que poucos sabem apreciar, já que na verdade, nem na rotina há espaço para o tédio, logo, não existe mesmice no dia-a-dia de ninguém. Tudo é inédito no filme da vida. Existe um motivo, ou melhor, um segredo que poucos casais conhecem e que os fazem ficarem juntos por muito, muito tempo (talvez por todo o tempo que exista). E a graça do namoro consiste na intensa procura por essa fórmula, pra depois descobrirmos que não há nada específico, que é “só” o Amor mesmo...

Eu sou loucamente ciumenta, eu sei... Uma mulher que tem ciúmes até da Katy Perry não pode ser considerada muito segura, né? (Risos) Desculpa, mas eu sou meio assim, sei lá, neurótica mesmo. E não fique decepcionado quando assumo que me sinto insegura, você sempre cobra que eu seja firme, que não tenha nunca nenhuma incerteza, mas não se trata de imaturidade, meu amor, não... É minha essência, parte dela. A minha insegurança eu vim adquirindo aos poucos, justamente conforme amadurecia, sabe por que? Porque não há segurança na vida, quem é seguro nesta vida, com certeza acaba ficando quadrado, apegado a idéias e padrões. Nada é certo, tudo pode começar, parar ou terminar a qualquer instante. Mas, o meu ciúme não é de futuro, de medo de ser trocada, é coisa do momento, de querer atenção. Se você tiver que me deixar, nada do que eu fizer impedirá sua decisão, então eu vou aproveitar enquanto sou amada, tendo em mente a possibilidade de tudo isso acabar se tornando eterno. Belamente eterno...

Era uma vez um carro, um quarto, um banheiro, uma escada, um muro, uma trilha, um cinema, uma barraca, uma pedra, sempre uma vez que é mais de uma vez. Era sempre, sempre vez, ainda é a nossa vez. São beijos, são mordidinhas no pescoço, puxões, força, leveza, jeito, sussurros, apelos, carinhos, carícias, colo, são os movimentos, é tudo, somos nós dois. Juntos. Não sei se faz pouco ou muito tempo que te fiz perceber a diferença entre o que viveu antes e o que vive agora. Não vamos menosprezar o passado, claro, mas existe uma grande diferença e precisamos ser realistas e francos. A diferença está em nossos gestos, tão pares, mesmo quando ainda eram desconhecidos. Gostos gêmeos de estranhos que não sabiam ao certo o quanto se queriam. Pois é, você me disse para tomar cuidado, me avisou que seria um erro eu me apaixonar, mas como dizer isso, se eu estava tranqüila e bêbada sendo garçonete naquela festa, aí você veio, invadiu meu espaço e me roubou de mim?

Feliz 4 meses para nós dois!

Obs.: Decidi que não quero me casar nesta vida, o desejou passou =)


Chica Blanco.

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